sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mês 8 - É o GOL

Não sei se toda criança é assim, mas meu bebê sempre gostou de brincar com bolas. Do jeitinho dele e dentro das suas capacidades. E fica sempre atento quando ouve gol na televisão. Olha como se estivesse entendendo. Então esse mês foi a festa. Copa do mundo rolando, muitos jogos e muitos gols. E aqueles olhos vidradinhos na tv a cada grito maluco de locutor. Sim, passei a admirar o Galvão Bueno, com sua emoção era o que mais encantava meu pequeno. E claro, como aqui temos duas torcidas, Arthur ganhou uniforme da seleção do Brasil e da seleção de Portugal. Além de roupas específicas da Copa 2010. E ficou lindo com cada uma delas. (Coruja!!!) Portugal saiu nas oitavas e Brasil nas quartas. Mas o que valeu foi a festa! Aliás, só pra ficar o registro a campeã foi a Espanha, contra a Holanda.
Nesse mês ele foi a sua primeira festa de casamento. E logo num bem diferente. Um casamento judaico, numa sinagoga. Foi o sucesso da festa. Ficava no meio da cerimônia fazendo vários barulhinhos com a boca (bem parecidos com som de pum). E não é que uma hora foi um de verdade? A mãe aqui quase não consegue segurar o riso. Isso vai ser inesquecível! Foi hilário!
Outro fato inesquecível do mês foi a descoberta do seu "fazedor de xixi". No meio do banho ele começa a olhar admirado, e a mexer.. Morri de rir, lógico!
E meu menino continuava na sua brincadeira de engatinhar se arrastando, cada vez com mais destreza e rapidez. E agora já adorava quando o colocavamos de pé apoiado em algum lugar. Ficava ali até cansar e cair. Ou até que o tirássemos. Tem coisa mais fofa que ver seu filho descobrindo o mundo? Quase aos nove meses, ele mesmo já se punha de pé. E nós a tirar tudo que fosse perigoso do alcance de suas mãos curiosas.
Meu anjinho tabém se vestiu de caipira e foi curtir a festa junina aqui do prédio. Tadinho, sem comer nada daquelas delícias, nem dançar quadrilha, mas ele curtiu a seu modo, sempre olhando curioso e sorrindo pra todos.
A nota super chata do mês é que o bisavô de Arthur faleceu. Avô de maridim. Nem carece dizer que ficamos muito tristes, sentidos, embora já fosse aguardado pelo seu estado de saúde bem abalado. Mas pelo menos pudemos dar essa alegria a ele. Ver seu bisneto, ainda mais menino, o que lhe enchia de orgulho!

Arthur 8 meses
9.950 Kg
73 cm

Mês 7 - Começando a ganhar independência

O sétimo mês começou com a primeira festinha de mesversário com toda a família presente, mamãe, papai, avós e avôs e titia. Foi uma farra só!
Teve também a primeira experiência com a papjnha salgada. Me enrolei um bocado pra preparar, mas o rapaz nem pestanejou. Essa foi a mais fácil. Comeu de prima, bem e tudo! Que orgulho! Também até hoje não rejeitou nenhum sabor nem teve alergia. Graças a Deus! A mudança da alimentação só alterou uma coisa. O cocô que antes era várias vezes ao dia e líquido, sem cheiro, ficou mais próximo ao de "gente". E por algum tempo ele ficou com uma espécie de prisão de ventre. Nada que o tivesse incomodado, mas chegou a 4 dias sem e quando fazia chegava chorar de dor. Saía duro demais e eu segurava a mãozinha dele pra tentar dar um apoio. Quase chorava junto. Isso fez parte do processo de adaptação do organismo e depois tudo voltou a normalidade. Hoje ele faz 1 ou 2 vezes ao dia, com textura normal e dependendo do que come a cor altera um pouco. É até engraçado de ver... rss
Mas voltando a assuntos mais cheirosos. Esse mês teve passeio ao Forte de Copacabana e o menino ficou vidrado vendo o mar pela primeira vez. Mesmo que de longe quem não se encanta? Ainda não o levamos a praia de verdade. Tocar na areia, na água, acho que isso é importante. Mas além de eu não ser muito chegada a isso, tenho medo da contaminação desses lugares. Pelo menos nas praias da capital.
Meu anjinho também começou a querer engatinhar. É engraçado, ele se arrasta, vai andando de ré, mas ele se esforça bastante. E agora tb só quer saber de ficar em pé no carrinho guarda-chuva. Fico com um medo do cinto arrebentar, fico de olho... E ele se esbalda de felicidade!
E mesmo com meu coração apertado, esse mês Arthur passou a dormir no seu bercinho a noite. Até então ele dormia no carrinho, ao lado da minha cama. Era uma comodidade só olha pro lado e ver se estava bem, e também quando precisava pegar na madruga pra dar de mamar. Mas o carrinho já estava pequeno pra ele. E, ah, contrariando muito que ouvi falar, ele não estranhou o berço.Dormiu como se sempre tivesse dormido ali.
Vivi meu primeiro dia das mães a valer. Ano passado já me sentia mãe. mas é totalmente diferente. E sei que meus dias das mães nunca mais serão iguais! Foi mágico, foi maravilhoso! Foi inesquecível. Obrigada Deus! E especial também porque minha mãe tem estado bem da depressão (hoje ele já não está mais tão bem, teve nova recaída, que tenho fé que irá vencer de novo, mas na época ela estava bem).

Arthur 7 meses
9.850 Kg
69 cm

Mês 6 - Bem-vindo ao mundo de novos sabores

O mês já começou com novidades. Arthur ia começar a ser apresentado a outros sabores além do leitinho da mãe. E a estréia foi com o suquinho. Precisamente um de laranja. Muita expectativa, câmeras a postos pra não deixar de registrar o momento, devidamente paramentado com um babador novinho, uma mamadeira de 200 ml e... nada! rsss Ele provou, fez cara feia, só não fez ansia de vômito. Acontece. Nos dias seguintes, tentei de novo, misturei com água; descobri que não era pra fazer tb tanta quantidade... Troquei o sabor e aí sim funcionou... Uhuhuhu!!! Fiz suco de melancia e ele provou. Depois voltei a laranja e ele foi aos poucos se acostumando, tomava 20 ml, 30, 40, as vezes não queria, mas hoje toma feliz e se der mais toma tb. Só evito dar muito senão o almoço fica de lado. Mas isso é assunto pra post mais pra frente. Estamos ainda nos 6 meses.
Quase chegando aos 7 meses foi a vez da papinha de frutas. Comecei com a de banana que acreditei que fosse mais fácil aceitar. Mas que nada. Cara feia e choro de "não quero". No dia seguinte, tentei a pera, docinha, ele fez cara feia mas abriu a boca para a segunda colheirada. Engraçado que faz isso até hoje na papinha de frutas. Faz cara feia mas come tudinho. No dia seguinte, tentei a banana de novo e ele aceitou. E até hoje todas as frutas que dei foram bem aceitas. Sem vômitos nem alergias. Graças a Deus!
O sexto mês teve dias mais frios e percebi que tinhamos que correr pra comprar roupinhas, pq as que restavam estavam curtas, apertadas. O moleque tava crescendo. Teve também um passeio pra Petrópolis, com direito a comer salada de frutas no restaurante e a muitos olhares curiosos e sorrisos gratuitos. E como faz sucesso meu filho em qualquer lugar que vai! Todo mundo rasga de elogios, eu fico até sem graça de tanto ouvir que meu filho é lindo, que parece "bebê de propaganda". Eu agradeço e por dentro fico bobona, orgulhosa rss Sou corujona, mas ele é isso tudo e mais um pouco mesmo... rss
Meu pai trocou o carro dele e o meu. Agora por um carro mais família, já que a família cresceu... Ô beleza um presente desses.
E nesse mês também fechamos com a casa de festas pra festinha do moleque. Tomara que ele curta muito esse dia!
Seis meses que passaram voando. De muita mudança e muita novidade na minha vida. Mas que com certeza não trocaria por nada nesse mundo. Estou muito feliz, e cada dia que passa amo mais e mais esse menino a quem posso chamar de filho.

Arthur 6 meses
9.150 kg
68,5 cm

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mês 5 - Sentando sozinho

O quinto mês foi de muita farra. Como é gostoso fazer cosquinha em bebê e ver ele gargalhar com aquele sorriso largo de prazer. E sorrindo aquele sorriso puro com os olhos, aqueles olhos de cor indefinida, meio azuis, meio cinza, meio esverdeado. Sinto tanto amor naquele olhar!!! Nem preciso dizer que vez por outra me derreto do nada e começo a chorar, rss
Fizemos o primeiro passeio ao ar livre. Jardim Botânico. Meu filho amou! Apesar de só andar no carrinho ou no colo, ele olhava super admirado para cada planta (aliás isso é uma coisa que eu acho super interesante nele, ele adora árvores). E também ria como se tivesse ganho na megasena acumulada (essa quem ganhou fui eu, com esse rei por filho!) :)
Uma das brincadeiras preferidas do mês era segurar os pés e levá-los a boca. Quase todo tempo!!! E se divertir olhando o bebê do espelho. Sei lá o que ele pensa, mas ele brinca, dá beijo, põe a mão, sorri. Será que ele sabe que é ele refletido ali?
Aliás, beijo de bebê é a coisa mais gostosa do mundo. Ele me dá beijinhos (aquelas chupadas, lambidas) desde os 2 meses mais ou menos. A curiosidade é que é só em mim. Qualquer outra pessoa pede e ele não dá, nem o pai... rsss Privilégios de mãe!
Mas a melhor surpresa veio no final do mês 5. Arthur aprendeu a se sentar sozinho, sem encosto. Cada conquista dele é tão surpreendente, tão linda, me sinto tão emocionada, tão satisfeita.. Ele já vinha ensaiando ficar assim, aí, lembro bem, foi no sábado de páscoa, falei. Hoje vamos aprender a sentar sem encosto. E fomos treinando. Algumas tentativas e lá estava ele. Sentadinho, sozinho. Crescendo. Meu filho, meu orgulho!

Arthur 5 meses
8.900 Kg
68 cm

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mês 4 - Mais que calô ôôôôôôôr

Esse ano o calor pediu licença e ficou com a corda toda. Mas instalamos um mega ar condicionado e vivemos meio escravos dele nos primeiros meses do ano. Obviamente pra dar conforto ao pirralho. Mas a mãe se deu bem e aproveitou a casquinha, rss
O quarto mês foi o do meu aniversário e pude ter uma comemoração especial ao lado do meu lindo. Isso foi bem especial! Meu presente que já estava encomendado no ano passado e eu nem sabia, podia, agora nos meus braços me dar a maior alegria que uma mulher pode ter na vida!
Com quatro meses ele já desvirava de bruços e mantia a cabeça bem erguida. Estava bem durinho. Deixou de ser o recém-nascido pra ser "o bebê". Quase completando 5 meses tomou o seu primeiro banho de piscina, e, claro, adorou!!!
Cada vez mais esse bebê fofíssimo passava a interagir com a gente. E isso é uma delícia. Começou a dar as primeiras gargalhadinhas, e isso também é uma delícia. E a hora do banho passou a ser uma farra sem fim. Sem mais dores, mamando numa frequencia um pouco menor, começavamos a perceber somente as delícias de ter um bebê.

Arthur 4 meses
8.870 kg
63,5 cm

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mês 3 - Coxão

Meu gordinho estava cada vez mais esperto. E tudo ficava mais fácil entre nós. Claro, cada dia era uma novidade, e uma batalha a se vencer, mas eu já estava bem mais safa nos cuidados com um bebê recém-nascido. Ajudava também que ele já não era mais tão molinho, menos frágil. No final do terceiro mês ja estava durinho. Era o meu bebê!!!
Faltava uma semana para o terceiro mês e adeus também aos problemas com cólicas. Amém! Meu filho nunca teve problema de perder noites de sono, mas era terrível ver ele sofrer, fosse pelo que fosse. As mamadas ainda eram longas, mas um pouco menos. Ele já tinha mais força pra sugar e tinhas as duas fontes em igualdade de produção. huahuahua
Esse mês comecei a colocá-lo pra ver televisão, programas educativos, óbvio. E ele de cara ficou atraído, principalmente pelas musiquinhas. Ganhou um dvd só com músicas do Cocoricó, que é excelente. E vê desde então Vila Sésamo (que é pra crianças em fase pré-escolar), mas ele gosta, então vê. (Vemos.. a mãe tb adora!!! rsss)
A fase de remédios acabou junto com o terceiro mês, agora permaneciam as vitaminas. E não é que meu boy nem é ruim de tomar seus remédios?! Abre a boquinha tranquilamente. E nem faz cara feia! É um anjo mesmo!!!!
O terceiro mês foi cheio de festinhas. Aniversário do pai, da prima, da avó, do avô. E também das duas primeiras festas infantis. E lógico, ele sempre curiosissimo olhando tudo. Que bom! E a animação dele me levou a mudar de idéia e decidirmos fazer uma festinha de 1 ano pra ele. Acho que ele vai curtir. Acho que vai ser festeiro esse menino!
Uma curiosidade: com tantos brinquedos, sabe qual foi a maior diversão do moleque esse mês? Uma bola de gás, daquelas de festa... coisas de criança!
Me arrependo muito de estar escrevendo tanto tempo depois, muitos detalhes já não lembro mais, ainda mais especificamente o mês, mas é bom que sempre posso editar... rsss

Arthur 3 meses
7.460Kg
61 cm

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Mês 2 - de Trolhinho a Bolhudinho em algumas mamadas

O segundo mês foi aquele em que meus problemas com amamentação ficaram mais intensos e também tiveram uma solução. Já contei no outro post então não vou me repetir aqui. E resolver esse problema tornou tudo ainda mais precioso. E era lindo quando meu fofin parava de mamar por instantes só pra me olhar nos olhos e dar o sorriso mais lindo que alguém já pode ter visto nessa vida.
E cada vez mais sentia ele começar a fazer parte desse mundo, a gostar dele. E sentir aquele serzinho parte insubstituível da minha vida. É como se eu nunca tivesse existido sem ele. Comecei a ver como era bom ser mãe. E de um menino.
Aliás, minhas aventuras com um menino dariam uma comédia. Eu pouco contato tive com crianças, ainda mais bebês, antes de Arthur. E o pouco foi com meninas. Entao vez por outra me via eu fazendo perguntas idiotas a maridim. mas é asim mesmo, vivendo e aprendendo... Agora vê, ele ria horores, mas tinha eu obrigaçao de saber??? rss Vamos a algumas pérolas... As vezes notava que o saquinho de baby ficava muito pequenino e pensava: "será algum problema?"Não, mamãe, é frio mesmo!!! kkkkkkkk A outra, pior ainda. Na primeira consulta ao pediatra, ele ensinou a puxar pelizinha do pintinho. Pra mim aquilo era só no início, pra nao fechar, não ter q fazer a tal operação de fimose e tal. Aí maridim explica: "não, isso é sempre, é como se faz a limpeza do dito cujo"... E a cara de abestada da mãe <0> Melhor perguntar que morrer na burrice, ué?! huhauahauhuahauhauahua
Também nesse mês fomos conhecer o filho de uma das minhas melhores amigas. Que nos conhecemos desde os 6 anos e que por uma dessas concidências da vida teve seu primeiro filho (e também menino) um mês depois do nascimento do meu pimpolho.
Ah, o segundo mês teve o primeiro natal e passagem de ano do meu anjo. Agradeci muito a Deus por aquela presença especial, aquele presentinho Dele pra mim. Arthur adorava olhar as luzes que colocamos de enfeite na varanda. E levamos ele ao shopping pra ver as decorações e o papai noel (que ele nem ligou - bem meu filho mesmo, ehhhh). E nas noites em questão ele dormiu como o anjo que é. Mas foram especiais demais esses momentos. Ter meu filho nos braços, que benção!
E o calor chegou a toda e adeus aos lindos macacõezinhos. Muitos ele nem chegou a usar. Agora era na base da camisetinha e shortinho. Ahhhhh!
Nesse segundo mês, meu anjo também ganhou um novo apelido da mamãe. Desde que soube da sua existência ele era meu trolhinho. Agora, que já estava ganhando corpinho, dobrinhas e muita gordurinha e gostosura (ah, e um belissimo par de coxões) ele passou a ser o meu bolhudinho.. :)

Arthur 2 meses
5.800Kg
57,5 cm

Mês 1 - Nos conhecendo melhor...

O primeiro mês passou voando, e muito do medo foi ficando pra trás. Maridin voltou de férias e agora era basicamente comigo. Meus pais ainda vinham aqui todo dia me ajudar. Meu tempo era praticamente com meu bezerrinho pendurado mamando. E isso era o que mais me afligia. Não sabia se aquilo era realmente normal, se ele estava se alimentando bem. Durante duas semanas dei complemento, por concordância da médica, diante da minha insistência. Mas percebi que a inquietação dele permamecia e parei. Um pouco a frente descobri que ele tinha azia, e por isso mamava pra aliviar a dorzinha, tadinho... (Ou seja, nada das besteiras que falavam que o bebê faz peito de chupeta, que leite não é suficiente e outras balelas). Meu pequeno tb sofreu com cólicas depois do primeiro mês completado, mesmo com todos os meus cuidados com alimentação (depois descobri que todo bebê tem cólicas, que é o organismo ainda imaturo pra digestão). Esse mês também sofri com muita dor em um dos seios, mas forçava a barra e ele mamava, mamava e mamava.
Cada dia que passava achava meu filho mais bonito. Ia deixando o jeitinho de bebê recém-nascido, ganhando mais corpinho. E continuava a cara do avô. Arthur parecia já reconhecer a voz da mãe e do pai.. E isso sempre vai me encher demais de orgulho. Pensar: tenho um filho.
Muitas vezes acordei no meio da madrugada achando que era tudo um sonho. E era só olhar pro lado e ver que era real, agora sou mae. De um lindo menino.... E meus olhos se enchiam de lágrimas e meu rosto de um sorriso. (Isso acontece até hoje!)
O primeiro mês já não teve tanta insegurança, e foi a mesma correria de tempo insuficiente pra tudo. Eu já passei a dar banhos sozinha (cheia de medinho)... E o mais lindo: comecei a ganhar lindos sorrisos banguelinhas cheios de charme e amor!!!!

Arthur 1 mês
4.100 kg
53,5 cm

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Voltando no tempo

Gente, Arthur já está quase fazendo 10 meses. Como todo mundo dizia, o tempo passa realmente muito rápido...O princípio é difícil, mas cada momento é também tão gostoso que o tempo podia passar mais lentamente.
Hoje reli meus posts anteriores desde a chegada do meu bebê. Minha experiência com o parto e minhas dificuldades com a amamentação. Hoje, superadas essas fases, aprendi que cada dia é uma nova experiência, uma nova etapa a se descobrir e vencer. E será assim daqui pra frente, pelo resto de minha vida, agora, mãe.
Quando peguei meu filho no colo, ainda na sala de parto, senti junto à toda a emoção e felicidade daquele momento, o medo de toda a responsabilidade que aquilo significaria em minha vida. Sabia que a prática seria bem diferente da teoria.
Ainda na maternidade tive minhas primeiras dificuldades a vencer. O pós parto, a dificuldade pra começar a amamentar. Chegando em casa aquilo se somou a saber que, agora, aquele bebê dependia exclusivamente do cuidado que eu e o pai (que felizmente tirou férias assim que Tutu nasceu) teríamos com o nosso trolhinho.
O primeiro banho em casa eu só assisti. Ai que insegurança pra pegar aquela coisinha tão pequena nos braços.... Ainda mais com sabão..rss Fraldas, o pai sempre trocou melhor... rss... Lembro que quando eu fazia perguntava a ele se estava direito... Os primeiros dias, primeiro mês, foram de muitas dúvidas, muito medo de tudo, muita difculdade, dor. E muita gente dando palpite e eu ignorando quase tudo. (Dica da minha prima, que com o tempo fui percebendo que a gente tem que filtrar as informações vindas de cada lugar e ver o que realmente faz sentido, e que mãe tem um negócio fortíssimo e valiosíssimo chamado INTUIÇÃO). A vida foi basicamente amamentar, trocar fraldas, dar banho. Várias visitas, a casa largada, a mãe idem (rss).. Vi muita Tv (enqto amamentava), comia quando me davam algo (e papai e mamãe ajudaram muito nisso). E morria de medo de não estar fazendo a coisa certa.
Mas tb curti cada segundinho daqueles primeiros momentos do meu anjinho, super tranquilo, só chorava quando a fome apertava. Era lindo olhar ele dormir (ainda é e sempre será). Me preocupava pq achava que ele dormia pouco, ficava o tempo todo mamando, mas a noite sempre dormia bem, chegava a 5h seguidas, maravilha!
Arthur desde o início dormiu no nosso quarto, no seu carrinho, ao lado da cama. Facilitava pra dar de mamar e pra saber que nem todo barulho que um bebê faz é pra se levantar, se apavorar.
O primeiro mês também teve o agito do teste do pezinho (tadinho!), da orelhinha e do olhinho. E vacinas. Tudo perfeito, graças a Deus!
E o chorinho?! Tão frágil.. aquela voz tão doce só me afligia por querer atendê-lo logo. Mas o aconchego do meu peito sempre lhe dava paz. E quantas vezes eu é que dormi com meu pequeno anjo no colo, e assim ele que me dava uma paz celestial.
As roupinhas ficavam enormes. Parecia um bonequinho, lindo! Ele tão pequeno, mas sentia uma ternura em seus olhos quando olhavam pra mim. Parecia entender todo o amor que sua mãe tem por ele. E compreender que para ela tudo aquilo era novidade, que ela tinha medos, dificuldades, e eles iam se descobrir a cada dia, dali pra frente, e se ajudar e se amar muito. Aos poucos eu ia ganhando confiança, a confiança que uma mãe precisa pra passar pro seu filho de que está ali, sempre, pro que ele precisar.

Primeiros dados de Arthur:
nasceu com 49 cm e 3,315Kg, às 9:03 do dia 8/10/2009 na cidade do Rio de Janeiro, Brasil

Voltei

Aff!! Sei que eu sou enrolada por demais, queria tanto entrar aqui, estar atualizando dia a dia com as descobertas e aventuras do meu lindinho, mas cadê que consigo... Não vou ficar fazendo mais promessas que virei (quem sabe assim funciona e aumento a frequencia de posts?)
Minha vida é uma correria, depois que Tutu passou a era das papinhas então... não páro. rsss E além disso tenho que cuidar da casa, de mim, do marido... Tem gente que tira de letra... eu tô dando conta, mas sei que cada dia passado é uma comemoração por uma batalha vencida!!!
Bom, apareci!

terça-feira, 23 de março de 2010

A dor e o prazer de amamentar

Já se passaram cinco meses (meu Deus como o tempo voa!) e hoje já não penso tanto em nunca mais passar por gravidez, parto. Já cogito uma possibilidade de um irmão/ã pro Arthur futuramente... hihihi! Mas bom, hoje quero falar sobre a amamentação.
Nos momentos de mais profunda dor, onde cada mamada fazia eu me contorcer de dor e em lágrimas sem fim, tudo q se falou sobre amamentação pra mim parecia mentira. Mas não é, gente, não é!!! Só tinha uma coisa muito certa em mim, não queria desistir!!!
Primeiro ponto que me pegou foi eu não ter o bico do seio formadinho, como muita mulher. Teve enfermeira e médica no hospital q disse q eu tinha q ter usado uma concha pra formar o bico durante a gravidez; teve dizendo q era mais dificil sem bico ;e teve minha médica sozinha dizendo q isso não tinha nada a ver, q não fazia a menor diferença ter o bico ou não. No início achei q só ela estava errada, mas ela era a única certa. Usei a tal concha, (na maternidade), e era mais uma chatice q uma ajuda. E durante dois meses usei um bico de silicone q foi o q meu grande parceiro, até o dia q notei q não precisava mais dele.
É estranhíssimo quando o bebê vem mamar pela primeira vez. Ao mesmo tempo em que me sentia importante, essencial, era uma sensação estranha, que vinha acompanhada do turbilhão de novidades daquele momento. E era tanta enfermeira/médica vindo tentando ajudar, pra orientar, que confundia mais que ajudava (e desagradável aquele monte de mulher pegando em mim, rss). Quando saí da maternidade meu leite já estava começando a descer, até cedo, segundo a enfermeira chefe, e eu já comecei a imaginar a dor que viria a sentir por tudo que ela falou e recomendou fazer ao chegar em casa. Depois veio um pouco de dor, que aumentou quando o leite realmente começou a descer e empedrar, já em casa. Foi o primeiro passo da dor. E não sei o q teria sido de mim se não fossem as bolsas de água fria (ou gelo mesmo) e as massagens q meu marido fazia. Depois aprendi q tirar com a bombinha ajudava, mas q estava fazendo na hora errada, e esse problema começou a ser resolvido. Os passos são o seguinte: bolsa de água morna pra ter leite; bebê mama, põe bolsa de água fria e se tiver leite ainda empredrando faz massagem e tira com bombinha. (o quente estimula a produção, o frio dá uma freada)
Ah, no hospital o bebê parecia não querer mamar, e todo mundo só insistia q eu tinha q forçar. Sabia q ele não estava com fome, q tinha uma reserva no organismo, mas até q uma médica ou enfermeira (não lembro mais quem foi), explicou q era primordial o bebê sugar naqueles primeiros momentos, tanto pra pegar o colostro como para se adaptar ao suga suga (rss). Não sei se foi consequencia disso, mas ao contrário de muita gente eu consegui amamentar...
Passado o período inicial dos empedramentos, continuava eu sentindo muita dor cada vez que dava de mamar em um dos seios. Só em um. Cada pediatra q fui, e minha própria obstetra, só diziam q não doía, passava remédio pra rachadura (q foi um mal q não tive); falavam q era dificuldade por pega (mas a pega estava certa), falavam q é pq naquele o bico era mais inexistente ainda, etc etc. e a dor persistia. Até q um dia era tão forte q fui numa emergência. Tinha uma inflamação (o médico cogitou até ser mastite, q depois descobri q não era), tomei remédios e durante uma semana tive q tirar o leite com bombinha, pq não suportava q ele sugasse ali, só mamava no outro. Passada a dor eu continuava com medo dele sugar, mas venci e um dia ele mamou. Ainda doía um pouco, e eu não me conformava. Achei uma comunidade no orkut com um fórum muito bom (Grupo Virtual de Amamentação, recomendo) e segui algumas dicas pra tentar resolver meu problema. Descobri que os bancos de leite dão uma ajuda muito boa e resolvi ir a um. Tinha descoberto que meu problema era um entupimento no duto mamário e uma idéia era desentupir com uma agulha. E lá fui eu. Super amedrontada, mas fiz e foi o que me salvou. Meu plano era tentar, se doesse ia parar e no dia seguinte procurar o banco de leite. Mas o procedimento não doeu. Saiu como se fosse uma casquinha, o leite jorrou e dali em diante parou a dor, pra sempre. Ah se eu tivesse descoberto isso antes. Ia evitar tanto sofrimento...


Outro fato sobre amamentar. Desde o início Arthur mamava quase que ininterruptamente. Não dava tempo nem pra ir ao banheiro q ele já chorava com fome. E isso foi um tal de médico dizer q ele fazia "de chupeta", que ele não mamava o tempo todo, que dormia no peito. E leigos dizendo q meu leite era insuficiente, fraco. Eu sofria com isso, não queria deixar de amamentar. Cheguei até a dar complemento. E chorava cada vez que tinha que fazer isso. Mas era 1 mamadeira por dia, e foi só durante 3 semanas. Também através desse fórum descobri que esse mamar incessante tinha a ver com picos de crescimento, ou q o bebê no início ainda não tem muita força pra sugar. E depois do perrengue do seio "entupido", rss.. acredito q isso tb tivesse a ver. Fato é q chegou um momento em que ele deu uma boa freada, e agora as vezes eu até sinto falta dele mamar mais tempo e com uma frequencia maior. (Doida!)
Eu sei é que ele mama só no peito e está bem gordinho e saudável...
Agora sobre como larguei o biquinho de silicone. Ele foi meu melhor amigo no início da amamentação. Falava que podia perder até a chave de casa, mas ele não. Eu não conseguia q o Arthur mamasse se não fosse com o bico. E aí teve médico dizendo q aquilo faria meu leite ser pouco, acabar antes da hora, entre outras neuroses. Eu até gostava pq através dele eu via quando tinha leite saindo. Nem sonhava q chegaria o dia q não ia mais precisar dele. Até que um dia, como vez por outra acontecia, ele saiu do lugar enquanto Arthur mamava. Eu estava bebendo agua e no meio tempo enquanto fechava a garrafinha para poder repor o bico no lugar, ele pegou e mamou sem. Nem preciso dizer q na mesma hora a emoçao tomou conta de mim. Fiquei muito feliz, muito mesmo.... Eu até já tinha tentado dar sem, ele pegava no início mas depois não conseguia, ficava nervoso e lá ia eu com meu ajudante. Depois desse dia, durante uma semana, as vezes eu ainda usava meu auxiliar, mas depois ele voltou pra caixinha,vai ficar guardado de recordação... huahuah
Ah, essa coisa do bico de silicone e da concha vão de pessoa a pessoa. Uma amiga se adaptou bem a concha e quando usou o bico de silicone teve até sangramento. Tem gente que tem as temíveis rachaduras e tem gente que vai tranquilo e perfeito desde o início (por tudo que li é raro, mas tem). E tem gente q simplesmente desiste ante as dificuldades.
Mais uma coisa. Tem muita simpatia para produzir leite que vai passando gerações . Tudo balela. Como li num site, pode ser até que dê certo pela fé, mas não tem embazamento nenhum. O que é certo mesmo é incentivar muito que o bebê sugue (e aí é ficar mesmo com ele pendurado o tempo todo no peito, por mais q isso canse, por mais que pareça que tem algo errado). E beber muito líquido. No meu caso foi/é muita água mesmo. Ah, não sei se o papo de que se vc dá mamadeira e chupeta logo no inicio atrapalha, faz o bebê rejeitar o peito, mas faz sentido, já que na mamadeira é mais fácil.
Tenho minhas dúvidas quanto aos propagados benefícios do parto normal, mas da amamentação tb são muitos e pelo menos um eu já vi. Eu emagreci 5 kg além do ganho na gravidez depois do parto.
Essa está sendo minha mágica experiência com amamentação. Os trancos e barrancos do início, e a redenção depois. Acho que no próximo mês meu pequeno vai começar a fase de papinhas e suquinhos, mas pretendo continuar amamentando enquanto conseguir. Sei que os benefícios do lete materno são muitos, e me sinto orgulhosa e satisfeita por ter vencido todas as dificuldades, ter sido persistente e teimosa e ter chegado lá. Ninguém antes na minha família tinha conseguido amamentar (acho q muito por falta da orientação que eu tive). É bom demais a sensação de alimentar um filho. É bom demais quando ele sai do peito dormindo, satisfeito. Ou pára de repente e me dá o sorriso mais lindo que uma mãe pode receber. É o mais próximo contato que posso estabelecer com meu anjo, depois da estadia na barriga. Viva a amamentação! Me faz sentir ainda mais mãe....

Antes de ser mãe....

Como tá difícil sentar na frente do micro e escrever. A causa é extremamente válida, mas fico com medo de passar muito tempo e eu esquecer os detalhes q preciso deixar registrado aqui. Olha q texto perfeito q encontrei...

Antes de ser mãe eu fazia e comia os alimentos ainda quentes.
Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.

Antes de ser mãe eu dormia o quanto eu queria
e nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes.

Antes de ser mãe eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos nem pensava em canções de ninar.

Antes de ser mãe eu não me preocupava
se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram coisas em que eu não pensava.

Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim,
nem me beliscou sem nenhum cuidado,
com dedinhos de unhas finas.

Antes de ser mãe eu tinha controle sobre a minha mente,
meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
... eu dormia a noite toda ...

Antes de ser mãe eu nunca tive que segurar uma criança chorando
para que médicos pudessem fazer testes ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas e horas olhando um bebê dormindo.

Antes de ser mãe eu nunca segurei uma criança só por
não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar
quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina pudesse
mudar tanto a minha vida.
Eu nunca imaginei que pudesse amar alguém tanto assim.
Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.

Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação
de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de alimentar um bebê faminto.
Eu não conhecia esse laço que existe entre a mãe e a sua criança.
Eu não imaginava que algo tão pequenino pudesse
fazer-me sentir tão importante.

Antes de ser mãe eu nunca me levantei à noite a cada 10 minutos
para me certificar de que tudo estava bem.

Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor, a dor
e a satisfação de ser uma mãe.

Eu não sabia que era capaz de ter sentimentos tão fortes.

Por tudo e, apesar de tudo, obrigada, Deus ,
por eu ser agora um alguém tão frágil e tão forte ao mesmo tempo.

Obrigada por permitir-me ser Mãe!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Trauma de cirurgias, trauma de parto: agora pra valer

Cirurgia acabada, o pós-parto não foi nada legal. Acho que piorou tudo pq eu nunca tinha passado por uma internação em hospital, no máximo consulta. A cirurgia e o corte mesmo não tinha problema. Mas me incomodava o soro, a sonda, aquela dependência pra tudo. Tive uma tremedeira sem fim após o término da anestesia, e deu uma certa agonia quando com meu corpo ainda anestesiado eu não conseguia sentir minhas pernas. Tb tive gases, que dor sem fim. Chorava. E muito. E misturado a tudo isso nem conseguia sentir mais a alegria que deveria por ter meu bebê em meus braços. Precisava que cuidassem de mim e eu tinha que aprender a cuidar do meu bebê. Foi difícil a estadia no hospital. E não dormi um só segundo nos dois dias que lá estive. Imagine as olheiras que se formaram!!! Amamentar tb foi difícil demais (mas isso vai ganhar um capítulo à parte). Não sei se quero viver esse momento parto novamente. Na verdade o problema nem é o parto; é o hospital, a cirurgia, não gostaria nunca mais de passar por isso... É perfeito demais esse momento mãe, mas como eu já previa, gostaria se pudessemos pular a parte do parto. Não teria sido melhor se fosse normal (quem sabe podia ter sido até pior)... Ah, e nos dois dias q fiquei no hospital chovia sem parar, algumas pessoas nem conseguiram ir me visitar; outras eu pedi q não fossem. (me sentia um ser lastimável).Estava um horror no hospital. Com cara de doente (tudo que não queria). Nem uma foto decente tirei, isso vou lamentar pra sempre...Não foi um momento bom como eu gostaria que fosse. Mas pelo menos meus pesadelos de uma não volta pra casa não se concretizaram... Foi tudo muito difícil pra mim, os dias que se seguiriam seriam complicados também, mas de uma outra forma... Na volta pra casa não sentia mais dor, só uma que teimou em me pegar, no braço, por conta do soro. Tinha que fazer tudo devagar e sem pegar peso, abaixar, por conta dos pontos. Complicado de lembrar, ativa q sou, mas sem dores. E a chatice de usar uma cinta super ultra apertada nesse nosso calorão... Péssimo tb fazer curativo, não que doesse, mas e a agonia que sentia? Ui!!! Q nervoso pensar naquele corte, naquela cicatriz que mais tarde percebi não ser nem tão horrenda. Tive medo até quando fui tirar os pontos, e isso tb nem doeu. Chego a uma conclusão: eu sou uma medrosa!!!
Fiquei com um pouco de medo q tudo isso me deixasse com depressão pós-parto, mas graças a Deus não fiquei assim. E como minha médica tinha me falado. Era tanta novidade, e tanta atividade que não sobra tempo pra deprê. Q bom! Os dias poderiam ter mais de 24 horas, pq não rendiam, não conseguia fazer tudo q queria e isso me agoniava demais. Sou extremamente metódica, e gosto de fazer minhas coisas. Mas mal dava pra me alimentar, tomar banho, coisas triviais. Mas tudo por uma excelente causa. Só sei de uma coisa. Toda dor, todo medo, tudo mesmo passa só de olhar naquele rostinho, naqueles olhinhos me olhando com ternura...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

9 meses e um final (ou melhor, começo) feliz

Me arrependo de não ter feito mais diário da gravidez por aqui. Contei alguns momentos, mas tudo muito por alto. E vou dizer, amei cada segundo.. Não passei mal em nenhum momento, via minha barriga crescer e sabia que não eram só gordurinhas (rss)... Pela primeira vez na vida tinha orgulho do barrigão. Recebia mil elogios, mil palavras carinhosas. Fora todas as sensações maravilhosas que nenhuma palavra do mundo consegue traduzir.
Algumas coisas especiais não posso deixar de relembrar. Posso até me repetir de algum post, mas quero fazer esse registro. A idéia de ter um filho acho que já existia sempre em mim e no maridão. Mas sempre acompanhada do medo do será que vamos saber criar, e todas as inseguranças que no fundo todo casal que se planeja deve ter. Mas a idade chegando me fazia querer antecipar isso pro quanto antes. E no ano de 2008 resolvemos começar a tentar produzir nosso herdeirinho. E ele veio até rápido, pelo menos antes do que eu esperava. No quinto mês de tentativa, lá estava eu com um exame de sangue e a certeza do resultado negativo que não veio (Q bom!!!). Daniel estava passando muito mal naquele dia e eu com uma cólica leve, que acreditava ser vestígio de uma menstruação atrasada. Choramos juntos com a alegria da possibilidade do nosso sonho estar se concretizando. E como não lembrar da primeira ultra, onde ouvi um coração batendo mais que ligeiro, enquanto as lágrimas corriam ligeiras dos meus olhos, sobre um sorriso de realização. E a sementinha foi crescendo, a cada ultra foi ganhando formas. Vieram os primeiros presentes, começamos a pensar e por em prática a decoração do quartinho.
E nada de enjoos ou desejos repentinos de madrugada. Só uma vez tive vontade de comer melancia, outra biscoito champanhe (não satisfeita por sinal, rss) e outra feijão branco. E tive um certo enjoo de comer chocolate. Nos nove meses, tive apenas um resfriado que fiquei mais com medo por conta de ter sido na época da proliferação da gripe suína; e um ligeira intoxicação alimentar (nenhuma dos problemas relacionado à gravidez) . E a cólica do início, totalmente normal. Ah, e criei um imenso nojo de um sabonete mega perfumado que tinha ganho no aniversário (engraçado que continuo com isso até hoje, não suporto o cheiro dele.)..
Outra coisa mais que especial era sentir o bebê mexer. No início pareciam gases, rsss., depois com o tempo, foi se tornando mais forte e maravilhoso sentir aquele serzinho que brotava em mim. Que sensação perfeita gerar uma vida, sentir aquele corpo se movimentando dentro do meu. E qudo soubemos tratar-se de um menino? Não que eu tivesse preferências, mas a partir dali tudo tomou uma forma diferente, meu pequenino já podia ser chamado pelo nome, já compravamos coisas "de menino", já sonhávamos como seria seu rosto, sua vida, as coisas q ia gostar de fazer, os brinquedos e brincadeiras preferidas.. Que delícia ser mãe!
E o dia do parto foi chegando. O momento que eu mais temia... Além da situação em si, aquela fase tão gostosa da gravidez chegava ao fim e a despedida da barriga me deixava meio triste.O desafio de ser mãe ia começar de verdade, isso também me amedrontava, mas naquele momento não era a preocupação maior. Como chorei na noite que antecedeu esse dia. Um misto de sentimentos, bons e ruins; dúvidas, medos, tanta coisa. No hospital a espera foi longa, e a hora chegou. Enquanto eu era levada a sala de cirurgia, de um lado a família do marido feliz me apoiando, do outro, meus pais partilhando de toda a angústia que eu sentia. Que medo que eu tinha de não sair mais dali. Péssima a sensação de entrar naquele lugar. É bem melhor quando vejo nos seriados médicos. A cirurgia foi tranquila. A anestesia nem doeu. Não senti nada. E que mágico quando Arthur passou pro lado de cá, minhas lágrimas desceram correndo quando ouvi o chorinho. A gente sabe como tudo acontece, sabia que era um bebê que estava aqui dentro, mas quando o vi só pensava como Deus é maravilhoso, como ele faz um milagre da vida acontecer.. E quando vieram colocar aquele anjo no meu colo, eu ali deitada, com o braço preso num soro e sem ter a mínima idéia de como segurar um recém-nascido, recém-nascido mesmo... e eu via sua boquinha aberta, um choro sem fim, e pensava, que lindo esse menino que Deus me deu o privilégio de ser sua mãe, que responsabilidade terei daqui pra frente, que Ele me ajude. E chorava com ele... mas agora de felicidade... Me senti importante, me senti especial ali.

sábado, 9 de janeiro de 2010

De volta

Tô de volta... pelo menos o sumiço da vez tem uma causa muito nobre, meu Arthur, meu pequeno anjo, que preenche todo meu tempo e minha vida.
Quero contar toda minha experiência como mãe até aqui, dia 08 meu menino completou três meses e tudo tem sido tão especial, tão mágico... Nem tudo são flores, nem tudo é fácil, e preciso registrar cada situação vivida nessa nova fase da minha vida. Só sei que cada olhar meigo e sorriso banguela que aquele pequeno ser me lança cura toda dor, todo cansaço, todo medo, e me faz forte e feliz. Vou contar aos poucos, porque o tempo é curto e controlado por esse pequeno serzinho a quem Deus me deu de presente e o presente de ser mãe. Espero conseguir lembrar de detalhes importantes, afinal já se vão três meses... mas eu chego lá!
Estou extremamente feliz. Sou mãe!!!