terça-feira, 30 de junho de 2009

Sim ao diploma ou não a qualquer diploma

Evitei falar nisso pq o assunto me aborreceu e aborrece ainda. Há cerca de duas semanas foi votado no STF pela não exigência do diploma de jornalismo para exercício da profissão. A alegação é o artigo da Constituição que diz: Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. (Vago demais pra se usar isso de alegação né não?)
Na verdade eu sei que não é bem assim.. Na verdade os poderosos e os coleguinhas que apoiaram o projeto se baseiam na velha desculpa de como a lei vem da época da ditadura, isso atrapalha a democracia, etc etc... Já tinham feito a mesma coisa ao votar contra a lei de imprensa. Que tb sou contra o fim por completo, acho que todos devem se reger por leis que o regulem, senão vira zona.
Li zilhões de opiniões a respeito, tenho a minha própria que mistura pontos de cada coisa que avalio sobre o caso. O primeiro foi esse q falei. A velha desculpa de que um fato desses tolhe a democracia. Nda a ver. Certamente, quando na ditadura tomou-se essas providências havia o desejo de controlar aquilo que era feito. Mas o mundo evoluiu, novas tecnologias, meios de comunicação surgiram, e essa evolução exige cada vez mais técnica dos profissionais. Aí muita gente alega que não se aprende a fzer bom jornalismo na faculdade. Concordo. É um misto de talento nato e experiência. Eu mesma, quando entrei na facul achava que talvez não fosse tão necessário. mas cada dia dos 4 anos que passei naqueles bancos escolares vi que sim, há técnicas que se aprendem ali, com muito estudo. E o exercitar, o estagiar nada mais é que um ganho de experiência prática. Claro que você aprende mais quando está no mercado, mas isso vale pra qualquer profissão. E aí não vamos retirar a faculdade de medicina por exemplo pq o médico só "aprende" mesmo quando está doutorando... Outra alegação das "bestas" do nosso superior tribunal, é que, por exemplo, um erro na atividade de jornalista não causa grandes males, como por exemplo um erro médico ou um engenheiro que não construiu bem um prédio. Aí entra mais um julgamento burro, do mesmo tipo de quem acha que depressão é frescura. Ontem mesmo vi uma matéria sobre a atriz Farah Fawcett (desculpe se escrevo errado o nome) em que ela, padecendo com um câncer gravíssimo, viu a imprensa norte-americana publicar horrores e disse que aquilo a destruía tanto ou mais que o câncer. Prova que quando a coisa chega no campo emocional o estrago pode ser bem pior. Sensibilidade e técnica pra lidar com esse tipo de coisa tb se aprende numa faculdade. E aí pra quem alega que EUA e Inglaterra não têm exigência de diploma, lembro que são os dois principais países onde a profissão tem crédito como dos nossos políticos (zero) e que fazem o trabalho mais sensacionalista do mundo. Pode até se alegar que profissionais diplomados possam cometer os mesmos erros, mas a possibilidade é bem menor quando se aprende como fazer e não fazer; códigos de ética; quando se estuda o passado para que não se repitam os mesmos erros, etc, etc, etc.
Outro comentário esdrúxulo dos nossos sábios(?) juízes, foi que percebi, em cada entrevista que ouvi, que eles confundem jornalista com escritor, pra ver o nível de ignorância dos seres. Prefiro nem comentar a respeito.
Afora todos esses pontos, e existem muitos mais, ainda quero falar de mais um com suas subdivisões. O fato que já é um mercado inchado, e que se abrindo para qualquer um exercer tenderá a ser ainda mais na base do QI; que a profissão já sofre como muitas outras de uso de estagiários como mão de obra barata, e assim terão uma ainda mais barata; que uma ação dessas possibilitará aos donos a contratação por salários ainda mais injustos e também um controle maior da informação. Ele pode muito bem, aí sim, escolher aqueles que falarão aquilo que ele quer que seja dito, acabando de vez com a imparcialidade. E aí a velha desculpa da democracia tolhida com a exigência do diploma cai por terra, pois essa não exigência é que pode levar a isso.
Mas no final de semana vi que nem tudo está perdido. Vai ser votada uma PEC (proposta de emenda constitucional) que altera o tal artigo da Constituição usado como desculpa. Caso o texto seja aprovado, será acrescentado o artigo 220-A, que trata da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Essa será uma grande vitória. Que seja feita justiça! E que se crie um Conselho de jornalismo, como existem em outras profissões, inclusive de Relações Públicas, pra que os profissionais sejam melhor amparados.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ídolos não morrem jamais

Tenho vivido na base de curtir meu filhão que tá crescendo aqui no barrigão. Até mesmo meus estudos pra concurso tem ficado um pouquito de lado por conta de uma certa falta de concentração que me atinge. Pois ontem, voltava da médica e ouvi no rádio do carro algo sobre Michael Jackson ter passado mal e estar internado no hospital, ok, melhoras pra ele. Tb teve jogo do Brasil, futebol, bem na hora da consulta, e eu não sabia ainda qual tinha sido o resultado. Então mais à noitinha entro na net pra descobrir e levo um choque ao saber que não tinha sido nada simples como eu pensava: sim, o inimaginável, aquela notícia mais certa mas que nunca conseguimos acreditar quando sabemos dela, ele morreu. Com toda certeza essa noticia me abalou e bastante. A mim e a maridim que durante nossa infância e adolescência curtimos esse gênio, acompanhamos seu auge e como os telejornais não cansam de falar, seus escândalos, suas polêmicas. Fora a fase da sua infância que sempre vimos material sobre, que gracinha, que voz, que talento sempre. 50 anos apenas, uma saúde visivelmente fragilizada, mas pra mim, ele era como Peter Pan, o menino que não crescia. Ouvi uma vez um documentário que falou isso e é verdade, ele se via assim. E o mundo não podia aceitar e entender isso. Ele até colocou o nome de seu sítio (rancho, eles chamam) de Neverland. Eu nunca acreditei na história dos abusos sexuais (acho que no fundo era gente aproveitadora e ele inocente e mal assessorado se deixou levar e acabou tendo milhões de prejuízos financeiros e emocionais que acabaram atingindo sua carreira). Eu acredito que realmente a coisa da mudança da cor começou por vitiligo, e desde que soube que ele tinha lupus, tudo o mais de saúde era plenamente justificado. Que sua alma tenha ido para um bom lugar. A nós que bom que restou seu maravilhoso legado, que temos os vídeos, as músicas pra poder recordar e mostrar pros nossos filhos. De minha parte fica a tristeza porque ainda nutri esperanças de poder ir ao show dele nessa volta aos palcos, agora não dá mais..
E se em vida já era ídolo, com certeza agora seguirá o mesmo caminho de Elvis Presley, adorado; lenda com seu nome escrito junto às grandes estrelas, pra sempre. Descanse em paz, Michael. Seus fãs não deixarão sua história ser esquecida, nunca. Tudo que vc fez foi grandioso demais para morrer. Ídolos são eternos, ídolos não morrem jamais...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ser jornalista é


Mudando um pouco de assunto, porque só tenho falado de minha deliciosa gravidez, vou postar hoje uma espécie de homenagem à minha classe que saiu no Globo de domingo. Se usando da velha e conhecidíssima figurinha "Amar é", eles perguntaram a várias pessoas o que é jornalista para elas. Interessante...

Por Arnaldo Bloch e Miguel Conde

O Jornalismo (e o jornalista) está na ordem do dia e é notícia, para além das notícias que dá. Numa era em que a autocrítica dentro do meio ganha uma dimensão mais aberta e pública, a revogação, pelo STF, da Lei de Imprensa, entulho do autoritarismo, aponta para um tempo de maior liberdade. Num outro âmbito, a manutenção da obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão, cuja votação no mesmo STF vem sendo postergada, traz à baila a questão da natureza da atividade. Além disso, a adoção do sistema de ponto nas redações vem movimentando a seara sindical e sua relação com as empresas. Foi nesse ambiente que, há pouco mais de uma semana, a Petrobras, sob investigação parlamentar, iniciou, através de seu novo blog, uma campanha para mudar as regras da sua relação com a imprensa e, num plano ambicioso, aparentemente desinstitucionalizar o jornalismo como via legítima para a informação ao público. Nesta edição, a página Logo, ao calor dos trabalhos, publica uma enquete em que artistas, cientistas sociais, professores, estudantes, comerciantes, baleiros, jornaleiros, procuram definir, em poucas palavras,o que é (ou deveria ser) um jornalista, hoje ou amanhã. Convidado a participar, o cineasta, dramaturgo e diretor Domingos de Oliveira animou-se e enviou, em vez de uma, 22 definições bombásticas, publicadas abaixo numa “Tribuna do Domingos”, sem cortes, em homenagem ao petrolífero blog.

“Jornalistas, como os
artistas, são as antenas
motoras da raça!”
Jorge Salomão, poeta

“Ser jornalista é focar [epa!]
na “evidência” e não na
“tendência”.”
Nei Lopes, compositor

“Jornalista: Sísifo
levantando uma
tese por dia, em
universidade
aberta.”
Tom Zé, compositor

“Jornalista é o profissional
encarregado de contar o que está
acontecendo, quase sempre
discordando do que acontece.”
Sérgio Cabral (o pai)

“O jornalista narra a aventura humana
no calor da hora, com independência,
emoção e sempre desconfiando
do poder.”
Geraldo Carneiro, poeta e letrista

“O jornalista é igual
peixe: só serve se for
fresco.”
Marcelo Madureira

“Jornalista:
profissional que
transforma fato
em noticia para
diferentes meios.”
Duda Mendonça,
publicitário

“O jornalista,
imaginando reproduzir
a realidade, inventa
a versão.”
Washington Olivetto,
publicitário

“Jornalista é quem transmite
informações claras e corretas ao leitor.”
Sérgio Santanna, escritor

“Ao descrever com rigor e
comentar com discernimento um
fato do cotidiano, o jornalista
convida o leitor a sair de seu
mundo privado para refletir
sobre a realidade planetária.”
Silviano Santiago, escritor e crítico

“Jornalista é o atalho
entre o mundo real e
o cidadão.”
Galeno Amorim, diretor do
Observatório do Livro e da
Leitura

“Nos melhores casos, um
cronista do cotidiano; nos piores,
um fofoqueiro profissional.”
Marcelo Moutinho, jornalista e escritor

“Jornalista é o escritor que
sabe que a versão dos fatos
é mais importante do que
os fatos em si.”
Augusto Sales, escritor

“Jornalista é aquele profissional que
precisa transmitir à população fatos
que julgue pertinentes. É um
pesquisador, ainda que com caráter
generalista, motivado com o motor
da interrogação: um curioso
profissional.”
Henrique Rodrigues, poeta

"O jornalista é um
funcionário público —
mesmo, e sobretudo,
quando não é."
Francisco Bosco, escritor

“Não é só publicar o que
chame atenção. É informar
com responsabilidade, com
formação ampla e
conhecimento de muitas
áreas, porque o jornalista
acaba falando de tudo. Se
não tem conhecimento, tem
que ter a humildade de pedir
ajuda e buscá-lo com
quem o tem.”
Padre Jesus Hortal, reitor da PUC

“Um profissional que
forma, enquanto informa.”
Eliana Yunes, professora

“(Bom) jornalista é aquele que
tem ampla formação, senso de
relevância e faro de
investigador. Não é o diploma
que vai garantir isso.”
José Murilo Carvalho, cientista político
e historiador

“Jornalista é uma
ponte entre uma
experiência e o
grande público.”
Francisco Carlos Teixeira,
historiador

“Um(a) jornalista é Tudo, já, aqui, de
novo, sempre. Sísifo profissional. Mas
também escritora e etnógrafa do novo
milênio, fazendo a literatura quebrar
os dentes na pedra sublime
(e sublimada) do real.”
Luiz Eduardo Soares, cientista social
e antropólogo

"Deveria ser alguém que
escreve contra a maré",
Rodrigo Costa, professor,
doutorando em letras

"O jornalista tem o dever de transmitir
informação com ética e responsabilidade.
Fundamental para o desenvolvimento de
uma sociedade democrática. É o grande
fiscal da sociedade civil"
José Sergio Machado Junior, estudante de cinema

"Jornalismo é a informação correta
e verídica dos fatos, garantindo
credibilidade perante o público. Eu
acho uma função importantíssima,
não saio de casa sem ler o jornal",
Francisco Sergio Fonseca, supervisor de
estacionamento

"Ser jornalista é extrair o
máximo das informações"
Sabrina Andrade, vendedora

"Primeiro, tem que
vestir a camisa de
jornalista, senão
não adianta nada. "
Antonio Pinnola,
jornaleiro

"Jornalista? Ah, jornalista é
um artista, né. Não é pra todo
mundo. É pra pessoa que tem
muita leitura, pode ser até
um advogado, professor,
governador, prefeito..."
Antonio José de Lima, baleiro

“Ser jornalista é correr perigo. Enfrentar
isso aí que a gente vê, essa violência.
Viu o que houve com o Tim Lopes? Ser
jornalista é ser super-herói.”
Rosemberg Fritz, ascensorista

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TRIBUNA DO DOMINGOS DE OLIVEIRA

22 definições interrogativas para a palavra jornalista
Um que diz: “meu ofício é dizer o que penso”?
Aquele amante da verdade que conta como ela é nua?
Amigo do mundo que me conta como ele vai passando?
Aquele tão deslumbrado que preferiu ser a testemunha da criação?
Amigo do instante que conta como ele pode ser eterno?
Alguém usando do poder econômico no jornal para sua vaidade?
Arauto que anuncia um mundo melhor?
Aquele que pode vender a alma sem Mefisto por perto?
Um escritor frustrado treinando o almejado ofício?
Um que ajuda pobres e ricos a alcançar o poder?
Qualquer coisa de intermediário entre a verdade e a mentira?
Um homem que se alimenta da vida dos outros gulosamente?
Aquele que semeia a notícia no campo fértil do mundo?
A profissão heroica que denuncia mesmo sendo a denúncia
conhecida?
Um membro do primeiro poder que subestima sua importância?
Aquele que sabe que jornal nem sempre diz a verdade?
Um ingênuo que pensa que pode dar uma opinião imparcial?
Um que registra, grava, espalha eventos, e intervém na realidade?
Uma peça de um quebra-cabeças político altamente
duvidoso e mentiroso?
Aquele que acha certo o que o jornal não faz?
Gente convencendo os outros de que a verdade está no papel?
Alguém que acha a vida tão interessante que tenta eternizá-la?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Arthur vem aí!!!!!!

A notícia mais ansiosamente esperada enfim chegou. Trata-se de um menino o habitante da barriga!!! E como foi adiada a noticia, poderia ter feito a ultra já desde o dia 15, mas só consegui marcar pra esta sexta, e qse que nem vai, pq deu um problema lá do médico não ter ido, qse q tenho q armar um quiprocó, rsss... Bom, de quinta pra sexta qse não dormi de tanta ansiedade. Passei o dia todo nervosa, imaginando se seria um menino ou menina afinal. Engraçado que apesar de não termos absolutamente nenhuma preferência, ficava pensando os prós e contras de cada um, o que era melhor se fosse um ou se fosse outro... Coisa doida minha mesmo (vai ver até com todo mundo é assim). Eu sei que contrariando todas aquelas simpatias malucas que deram como resultado menina, e atendendo ao sonho que minha cunhada e minha prima tiveram de ser um menino, vem aí, aquele cujo nome eu já havia escolhido desde criança, aquele que vai completar o time dos homens da minha vida. Só continuo a pedir que venha perfeito, com saúde, e que possamos saber educá-lo e cuidá-lo bem.
Curiosidades da ultra. Papai foi pela primeira vez ver seu projetinho, ficou babando... E se ele nao estivesse comigo, juro, não consegui decifrar nada q era menino na ultra, se o médico dissesse q era menina eu acreditava. Achei que era o nervoso que não me deixava ver, mas já revi o dvd da ultra umas 5 ou 6 vezes e não consigo enxergar nada... Bom, mas acho q não restam dúvidas, espero q não, afinal quero começar a comprar coisinhas de menino pro meu homenzinho. Dizem que qndo dá que é menina é que podem haver dúvidas, então... Ah, e já temos 21 cm, fiquei assustada, acho que vem um moleque bem altão por aí... OBA!! rss
Ah, o nome Arthur tem um significado especial pra mim. Era o nome do meu tio irmão mais velho do meu pai, que eu tive a oportunidade de conhecer, graças a Deus. Eu lembro que desde muito cedo, meu pai me ensinava o nome de cada um dos meus tios, primos e outros parentes que viviam alguns em Portugal, outros na França, no Brasil e este nos Estados Unidos. E sempre achei o nome lindo, forte, e dizia que se um dia tivesse um filho, este seria o nome. Felizmente maridim tb gosta, concordamos e taí mais um sonho realizado. Além de gostar do nome, fica minha singela homenagem. Pena que ele não está mais aqui para vê-la, mas de alguma forma acredito que saberá.
Bom, significado do nome:
ARTHUR - nome de origem Celta, significa nobre, generoso.
Que assim seja!