sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Trauma de cirurgias, trauma de parto: agora pra valer

Cirurgia acabada, o pós-parto não foi nada legal. Acho que piorou tudo pq eu nunca tinha passado por uma internação em hospital, no máximo consulta. A cirurgia e o corte mesmo não tinha problema. Mas me incomodava o soro, a sonda, aquela dependência pra tudo. Tive uma tremedeira sem fim após o término da anestesia, e deu uma certa agonia quando com meu corpo ainda anestesiado eu não conseguia sentir minhas pernas. Tb tive gases, que dor sem fim. Chorava. E muito. E misturado a tudo isso nem conseguia sentir mais a alegria que deveria por ter meu bebê em meus braços. Precisava que cuidassem de mim e eu tinha que aprender a cuidar do meu bebê. Foi difícil a estadia no hospital. E não dormi um só segundo nos dois dias que lá estive. Imagine as olheiras que se formaram!!! Amamentar tb foi difícil demais (mas isso vai ganhar um capítulo à parte). Não sei se quero viver esse momento parto novamente. Na verdade o problema nem é o parto; é o hospital, a cirurgia, não gostaria nunca mais de passar por isso... É perfeito demais esse momento mãe, mas como eu já previa, gostaria se pudessemos pular a parte do parto. Não teria sido melhor se fosse normal (quem sabe podia ter sido até pior)... Ah, e nos dois dias q fiquei no hospital chovia sem parar, algumas pessoas nem conseguiram ir me visitar; outras eu pedi q não fossem. (me sentia um ser lastimável).Estava um horror no hospital. Com cara de doente (tudo que não queria). Nem uma foto decente tirei, isso vou lamentar pra sempre...Não foi um momento bom como eu gostaria que fosse. Mas pelo menos meus pesadelos de uma não volta pra casa não se concretizaram... Foi tudo muito difícil pra mim, os dias que se seguiriam seriam complicados também, mas de uma outra forma... Na volta pra casa não sentia mais dor, só uma que teimou em me pegar, no braço, por conta do soro. Tinha que fazer tudo devagar e sem pegar peso, abaixar, por conta dos pontos. Complicado de lembrar, ativa q sou, mas sem dores. E a chatice de usar uma cinta super ultra apertada nesse nosso calorão... Péssimo tb fazer curativo, não que doesse, mas e a agonia que sentia? Ui!!! Q nervoso pensar naquele corte, naquela cicatriz que mais tarde percebi não ser nem tão horrenda. Tive medo até quando fui tirar os pontos, e isso tb nem doeu. Chego a uma conclusão: eu sou uma medrosa!!!
Fiquei com um pouco de medo q tudo isso me deixasse com depressão pós-parto, mas graças a Deus não fiquei assim. E como minha médica tinha me falado. Era tanta novidade, e tanta atividade que não sobra tempo pra deprê. Q bom! Os dias poderiam ter mais de 24 horas, pq não rendiam, não conseguia fazer tudo q queria e isso me agoniava demais. Sou extremamente metódica, e gosto de fazer minhas coisas. Mas mal dava pra me alimentar, tomar banho, coisas triviais. Mas tudo por uma excelente causa. Só sei de uma coisa. Toda dor, todo medo, tudo mesmo passa só de olhar naquele rostinho, naqueles olhinhos me olhando com ternura...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

9 meses e um final (ou melhor, começo) feliz

Me arrependo de não ter feito mais diário da gravidez por aqui. Contei alguns momentos, mas tudo muito por alto. E vou dizer, amei cada segundo.. Não passei mal em nenhum momento, via minha barriga crescer e sabia que não eram só gordurinhas (rss)... Pela primeira vez na vida tinha orgulho do barrigão. Recebia mil elogios, mil palavras carinhosas. Fora todas as sensações maravilhosas que nenhuma palavra do mundo consegue traduzir.
Algumas coisas especiais não posso deixar de relembrar. Posso até me repetir de algum post, mas quero fazer esse registro. A idéia de ter um filho acho que já existia sempre em mim e no maridão. Mas sempre acompanhada do medo do será que vamos saber criar, e todas as inseguranças que no fundo todo casal que se planeja deve ter. Mas a idade chegando me fazia querer antecipar isso pro quanto antes. E no ano de 2008 resolvemos começar a tentar produzir nosso herdeirinho. E ele veio até rápido, pelo menos antes do que eu esperava. No quinto mês de tentativa, lá estava eu com um exame de sangue e a certeza do resultado negativo que não veio (Q bom!!!). Daniel estava passando muito mal naquele dia e eu com uma cólica leve, que acreditava ser vestígio de uma menstruação atrasada. Choramos juntos com a alegria da possibilidade do nosso sonho estar se concretizando. E como não lembrar da primeira ultra, onde ouvi um coração batendo mais que ligeiro, enquanto as lágrimas corriam ligeiras dos meus olhos, sobre um sorriso de realização. E a sementinha foi crescendo, a cada ultra foi ganhando formas. Vieram os primeiros presentes, começamos a pensar e por em prática a decoração do quartinho.
E nada de enjoos ou desejos repentinos de madrugada. Só uma vez tive vontade de comer melancia, outra biscoito champanhe (não satisfeita por sinal, rss) e outra feijão branco. E tive um certo enjoo de comer chocolate. Nos nove meses, tive apenas um resfriado que fiquei mais com medo por conta de ter sido na época da proliferação da gripe suína; e um ligeira intoxicação alimentar (nenhuma dos problemas relacionado à gravidez) . E a cólica do início, totalmente normal. Ah, e criei um imenso nojo de um sabonete mega perfumado que tinha ganho no aniversário (engraçado que continuo com isso até hoje, não suporto o cheiro dele.)..
Outra coisa mais que especial era sentir o bebê mexer. No início pareciam gases, rsss., depois com o tempo, foi se tornando mais forte e maravilhoso sentir aquele serzinho que brotava em mim. Que sensação perfeita gerar uma vida, sentir aquele corpo se movimentando dentro do meu. E qudo soubemos tratar-se de um menino? Não que eu tivesse preferências, mas a partir dali tudo tomou uma forma diferente, meu pequenino já podia ser chamado pelo nome, já compravamos coisas "de menino", já sonhávamos como seria seu rosto, sua vida, as coisas q ia gostar de fazer, os brinquedos e brincadeiras preferidas.. Que delícia ser mãe!
E o dia do parto foi chegando. O momento que eu mais temia... Além da situação em si, aquela fase tão gostosa da gravidez chegava ao fim e a despedida da barriga me deixava meio triste.O desafio de ser mãe ia começar de verdade, isso também me amedrontava, mas naquele momento não era a preocupação maior. Como chorei na noite que antecedeu esse dia. Um misto de sentimentos, bons e ruins; dúvidas, medos, tanta coisa. No hospital a espera foi longa, e a hora chegou. Enquanto eu era levada a sala de cirurgia, de um lado a família do marido feliz me apoiando, do outro, meus pais partilhando de toda a angústia que eu sentia. Que medo que eu tinha de não sair mais dali. Péssima a sensação de entrar naquele lugar. É bem melhor quando vejo nos seriados médicos. A cirurgia foi tranquila. A anestesia nem doeu. Não senti nada. E que mágico quando Arthur passou pro lado de cá, minhas lágrimas desceram correndo quando ouvi o chorinho. A gente sabe como tudo acontece, sabia que era um bebê que estava aqui dentro, mas quando o vi só pensava como Deus é maravilhoso, como ele faz um milagre da vida acontecer.. E quando vieram colocar aquele anjo no meu colo, eu ali deitada, com o braço preso num soro e sem ter a mínima idéia de como segurar um recém-nascido, recém-nascido mesmo... e eu via sua boquinha aberta, um choro sem fim, e pensava, que lindo esse menino que Deus me deu o privilégio de ser sua mãe, que responsabilidade terei daqui pra frente, que Ele me ajude. E chorava com ele... mas agora de felicidade... Me senti importante, me senti especial ali.

sábado, 9 de janeiro de 2010

De volta

Tô de volta... pelo menos o sumiço da vez tem uma causa muito nobre, meu Arthur, meu pequeno anjo, que preenche todo meu tempo e minha vida.
Quero contar toda minha experiência como mãe até aqui, dia 08 meu menino completou três meses e tudo tem sido tão especial, tão mágico... Nem tudo são flores, nem tudo é fácil, e preciso registrar cada situação vivida nessa nova fase da minha vida. Só sei que cada olhar meigo e sorriso banguela que aquele pequeno ser me lança cura toda dor, todo cansaço, todo medo, e me faz forte e feliz. Vou contar aos poucos, porque o tempo é curto e controlado por esse pequeno serzinho a quem Deus me deu de presente e o presente de ser mãe. Espero conseguir lembrar de detalhes importantes, afinal já se vão três meses... mas eu chego lá!
Estou extremamente feliz. Sou mãe!!!