sexta-feira, 4 de julho de 2008

Conclusões a partir de Sicko - de Michael Moore


Mais um imperdível... Ontem assisti ao documentário "SICKO" do polêmico Michael Moore. Vou logo dando minha opinião: Eu acho ele o máximo!!!! O problema é que como o tema dos filmes dele são sempre detonando com algo de errado de sua terra natal (EUA) o povo não fica nada nada satisfeito, principalmente o monstrinho crek do Bush, seu alvo preferido. Eu não sou o que se pode chamar de anti-americana, admiro o patriotismo deles e sou adoradora da coca-cola e do mc donalds, mas acho eles falsos moralistas que só pensam em como encher ainda mais seus cofrinhos custe o que custar. E poderia me estender falando sobre eles em muitas linhas, mas... O que eu sei é que esse fiilme me fez ficar ainda menos fã do país e de sua política.
Voltando ao fime. Trata-se da cruel e desordeira realidade do sistema de saúde do USA. Resumindo: não há um sistema de saúde pública, os planos de saúde são negócio mesmo, é uma medicina que não busca o bem estar das pessoas e sim $$ a mais. Nego recusa paciente a torto e a direito, sem dó nem piedade, cobra preços absurdos deixando os doentes a beira ou na falência, joga quem não tem como pagar a conta - em que estado estiver- na sarjeta (literalmente). Uma das coisas citadas no filme que me deixou mais perplexa foi uma denúncia de uma médica de que os planos tem consultores para recusa de pacientes ou exames para eles. Esses consultores recebem prêmios (em dindim) tanto quanto mais recusas fizerem... Fiquei com medo, nojo, ódio, revolta... É claro que cada médico vai querer encher seu bolso de mais cascalho, pra quê se importar com uma pessoa cujo exame que vc está tirando dele o direito de fazer poderia salvar a vida?!? Claro que eu não penso assim, mas eles pensam, pensam só não, fazem....
Comecei a achar o sistema de saúde do Rio de Janeiro bom. Não falo do Brasil pq acredito que não seja em todo país como é aqui. Deve haver cidades em que a coisa funciona como deveria. Mas, bem. Temos planos de saúde que cobram o olho da cara, e sim, principalmente aos mais idosos, na hora q mais precisam. Mas pra quem não tem como se virar tem o sistema público. Hospitais municipais, estaduais, federais. Funciona perfeitamente? Não. Muitas vezes não tem médico suficiente pro número de doentes, falta leito, falta remédio, falta muita coisa. Mas temos excelentes profissionais nestes lugares, que trabalham mais por amor que qualquer coisa, e que se não fazem mais pelo necessitado é pq faltam recursos. E só!
Aí o filme mostra como é no Canadá, na França, na Inglaterra e em Cuba. Os depoimentos, os serviços oferecidos, tudo parecendo o nosso país dos sonhos. Atendimento público de qualidade, gratuito. Profissionais bem remunerados, serviços de atendimento em casa, etc etc etc. Quem paga? O cidadão, com seus impostos. Ou seja: nesses quatro lugares, e acredito eu que em outros países sérios a coisa tb funcione assim. É a prática vitoriosa do que deveria ser realidade no Brasil. Você paga seu imposto, aquilo é revertido em benefícios. O governo te provém com aquilo que é essencial: saúde. E sei que em educação também funciona assim. Eu até acredito que, diante dos fatos, pro Brasil alcançar o mesmo estatus ainda tava mais perto que os EUA, era só não haver desvios nos CPMFS, impostos de renda e tantos outros que pagamos. E isso vale tb pro IPVA, pro IPTU e tudo aquilo que pagamos e seus benefícios que não vêm.
Só pra impressionar: Canadá - tudo de graça.
França - além do médico que vai te atender em casa e vc não pagar nada por exames, operações, internações ou uma simples consulta, qqer mulher que tem bebê pode contar com uma espécie de babá para ela, que vai a sua casa, de graça, e faz qualquer serviço, desde te ajudar com o bebê a algo que precise ser feito na casa enqto vc está ocupada com o pimpolho... Meu queixo, que até este momento já batia no chão, nessa hora já estava no epicentro da Terra.
Na Inglaterra, além da conta zero na saúde, qualquer medicamento tem preço tabelado, algo em torno de 10 dólares. E se vc está num hospital e tá meio, digamos, sem grana pra voltar pra casa, que tal um voucher? Eles e dão dinheirooooo pra voltar pra casa.... The same thing of the United States.
Pra fechar, o exemplo de Cuba. Esse, eu já sabia um pouco. Medicina avançadíssima. Tratamento gratuito a todos, remédios baratíssimos. E todos sabem o q se fala de mal deste país e de seu comandante... Pois é... A realidade tb tem suas flores por lá... E é um país de terceiro mundo hein?!
O documentário encerra mostrando o tratamento vip dado aos condenados pelo atentado das torres gêmeas (medicina de alta qualidade e free), e o tratamento(!?) dado aos heróis que no mesmo incidente salvaram tantas vidas, que além das seqüelas na própria saúde que os impossibilita do trabalho, não contam com nenhuma espécie de auxílio para seus tratamentos... Acho que esse eu não preciso, não devo, nem tenho o que comentar. As informações por si bastam.
Bom, além do trabalho fantástico do Michael Moore, uma denúncia fantástica, como sempre, acho que coisas como essa devem servir também pra mostrar o como o mundo ideal pode existir, basta querer, e quem quer, faz acontecer. Qnto a mim, voltei a ter vontade de novo de querer mudar o mundo... há esperanças, há meios, há solução!!!! Se eles conseguem, todos podem fazer igual. Basta copiar os bons exemplos.... A fórmula não é tão difícil de ser seguida assim....

Vale a pena conferir, tb de Michael Moore: Fahrenheit 11 de setembro; Tiros em Columbine; And Justice for all; The big one; TV Nation 2; TV Nation; Operação Canadá; Two Mikes don't make a wright; Pets or meart the return to flint e Rogger and me.


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